sábado, 18 de julho de 2020
Claude Debussy
Era Debussy, o próprio reencarnado,
Que fincava em mim a espada sem fim...
Ressuscitando a saudade
Das tumbas da memória.
Eram umas notas assustadoras
Embreadas nas luzes
Que diluíam as mágoas
De um passado sem volta.
Era a música
Contundente ao passear nas alamedas;
Há jardins que choram,
Ou se espantam com as bromélias.
Era o piano eterno
À fenda de um momento aberto
Pulsando meu sangue
Em seus martelos herméticos.
De irrigar as lembranças
De luzes mais ao foco da essência,
Destruindo o que fui,
Para renascer os meus cristais...
Ives vietro
terça-feira, 12 de novembro de 2019
Perdão
Derrame o fel que faz bem.
Não era maldade, era cegueira,
Na luta de uma vida guerreira,
De alguém que agora não se tem.
Doaria até o mais caro objeto
Se fosse para ver sorrir um pobre.
Dos entes um lúmen que era nobre,
Sem o ego vaidoso e tão abjeto.
Mas o tempo não volta, tão frio que é.
Então é agora o portão da luz.
Se passa um pobre, façamos com fé,
Assim fazia o enviado na cruz.
Espírito é luz, matéria a escuridão;
Quando queremos chorar aprendemos
Que quem ensina é o coração.
Vá, brilhe. Diz a vida. Nos entendemos...
Ives Vietro
terça-feira, 5 de novembro de 2019
Doenças mentais...
Crescem em todos os pontos do mundo as doenças mentais. Se de um lado conquistamos o que idealizamos como feliz, do outro algo que se desajustou reclama que a tal felicidade não é suficiente para manter a saúde mental. Muitos psiquiatras, psicólogos, agentes de saúde, estão em busca de respostas, e o que pude perceber é a volta de um pensamento que parecia estar adormecido: o pensamento da compaixão. Vi a própria Ana Beatriz Barbosa, grande psicanalista, dizer que além de aceitamos o fato de que viver é também, muitas vezes, uma angustia, é preciso que pratiquemos a compaixão para que o cérebro busque outras áreas que possam contribuir para a saúde mental. E vi também alguns pensadores como o Filipe Pondé dizer algo muito interessante, "Os cientistas estão estudando o que as nossas avós já diziam acerca da solidariedade". Enfim, talvez a infantilização do mundo tenha feito com que fiquemos menos tolerantes com as dificuldades. Que possamos crescer, e ensinar às crianças que a felicidade boa é aquela de mãos dadas com a poesia da vida! beijos ives vietro
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
Força gente.
Não vamos abandonar a escrita, pois ela traz benefícios tanto à sociedade como ao indivíduo que tenta se apartar dela. E no Brasil onde ainda atiram sofás nos rios só os livros podem alcançar a mente dos humanos que insistem em acreditar que a Terra é um reservatório de lixo. Que possamos nos desapegar do capitalismo selvagem e construir algo com o minimo que a Terra pode, ainda, oferecer. beijos
quarta-feira, 9 de outubro de 2019
Sombras e tempestades
Preso pelas neuroses, oh Platão,
Via nas formas aparentes celas.
Havia luz mas se calou nas velas
Antes de iluminarem a minha razão.
Marionete entre tantos pensamentos,
Via no vazio o amor que se revelou.
Lutei contra a correnteza mas se afundou
Uma alma a mercê de encantamentos.
Eram uns olhos, dois feitiços lentos,
Do fundo da caverna eram uns tormentos.
Só pude me perder completamente.
O sol deixou de ser o astro-rei,
Internamente não sei porquê gelei.
Só sei que amei infinitamente.
Ives Vietro
quinta-feira, 1 de agosto de 2019
O inesperado
Singro ares inusitados
Sem o estoico preceito.
Creio na virgem asa,
Sobre as naturais falésias.
Dispenso a gramática,
E os principados da aritmética,
Tenho na inocência,
Meu telescópio mais afinado.
Com os dedos do espanto
Prefiro do inusitado reunir
Minha originária essência volátil,
E esculpir a alma da matéria.
Pobres na cadência geral
Nu de digitais de outros.
Com umas lentes loucas
Para me achar na paisagem.
Ives Vietro
sexta-feira, 12 de julho de 2019
Estrelas flutuantes
Sob a vênia da constelação
um sacro andante me achou.
Era a sonata de Mozart
num dos palcos do coração.
Do alto, sobre os dedos,
Deus exalava-me o pó de luz,
cachoeirando ao piano,
águas arrepiantes, de muito antes...
Composição reluzente, flutuante;
veio do céu noturno.
Veio decompor o aroma branco
e tornar sete vidas, vivas...
À mesa o vinho rubro,
disse que o brinde seria eterno,
e que o instante musical
dispensava as peles da alma.
ives vietro
um sacro andante me achou.
Era a sonata de Mozart
num dos palcos do coração.
Do alto, sobre os dedos,
Deus exalava-me o pó de luz,
cachoeirando ao piano,
águas arrepiantes, de muito antes...
Composição reluzente, flutuante;
veio do céu noturno.
Veio decompor o aroma branco
e tornar sete vidas, vivas...
À mesa o vinho rubro,
disse que o brinde seria eterno,
e que o instante musical
dispensava as peles da alma.
ives vietro
quarta-feira, 27 de março de 2019
Poesia
Pulcra sob as fleumas da música
Brilha ao redor da essência da arte.
O pintor se ilumina com sua Voz,
em asas de pinceis sobre os prados.
Ela é a alma de toda criatura,
Inspiração divina na escultura eterna.
Nasce bela como a lua cheia
em halos que laçam à noite o andarilho.
Sem rimas ou ao campo harmônico
Expressa em vates o que clareia livremente.
É a imortal batuta das batutas,
pincel dos pinceis antes da tela pronta.
Está crua, nua; poderosa, airosa,
muito fértil nas mãos dos mediadores.
ela é a alma sobre tantas almas...
Ela é a luz das luzes sobre tudo e todos.
Ives vietro
terça-feira, 12 de março de 2019
Carência
Em meio aos torpores do sono,
talvez ainda à margem do sonho;
antes de voar nas luzes constantes,
ou além dos sentidos tão contentes...
O vento retumbou, o tempo parou,
nácar de pétalas escritoras me laçou;
Espírito ou pele das pérolas brilhantes,
Ela arfava entre ardores delirantes...
Meus braços dançavam aos ares
Enfeitiçados pelos astros e seus pares;
Espectro de aspecto sedutor
ela me beijava com as labaredas do amor.
Lá entre as chamas do paraíso
o sentimento se levantava tão preciso;
cá as chamas solitárias acordaram
vividas forças que meus beijos sonharam.
ives vietro
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
Antes de magoar...
Antes de virarem magoas
Ofensas ou pobrezas de espírito
As palavras impingidas
Mitigaram-se no meu espaço sideral.
Estenderam-se
Entenderam-se
Com as estrelas experientes
Com a lua que gira continuamente
Com o sol da manhã reticente...
Ives vietro
terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
Importâncias
A parte do sonho que lembrei
é a luz com as outras partes que sonhei.
Quanto cresço, quando cresço,
sou o nauta desse espelho infinito.
Estilhaços de lágrimas derramadas
retornam ao véu de Sua magnitude.
Quando cresço, não vejo em partes,
vejo plenamente ligado aos anjos.
O composto do que sou, e sou,
o que a memória resguardou.
Um ritmo de estrelas irradiantes;
sim, viemos de muito antes.
É uma pessoa que se aproxima,
e que o espírito reconhece ao arfar;
É a luz que liga o meu sonho,
aos milhares de viajantes comigo.
ives vietro
terça-feira, 8 de janeiro de 2019
Quase quasar
À penumbra se fechava ao se ouvir,
minha doce, suave, luz das estrelas.
Havia mil vontades no afã de se abrir,
e o amor pronto para amar todas elas.
Um olhar desejoso e cativo marejava,
à procela distante, de além das trevas.
Eclodia-se como a luz e navegava
doce mulher às fleumas de minhas velas.
As águas do meu rio vincava a pedra
na face branca se alumbrava repentina.
Aos poucos a luz se abria aquarela,
de um quase quasar à estrela vespertina.
Falavam as luzes! Ahh mulher, essência.
Ouvir a beleza de um amor é o infinito,
e se deixar levar pela leve fluorescência,
é abrir as comportas ao que é mais bonito.
ives vietro
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Sopro
Período fértil
é trágico na essência
de uma morte
de um corpo
cuja alma
mergulha
na infinitude da arte.
A angústia
desloca o anjo
que afina
mil pesadelos andantes.
À efígie imortal
a música
de eternos compositores
não morre.
A dor
à batuta surda e reticente
traz a seiva do amor
esculpido no violino
em ouvidos penitentes.
O mesmo choro traduzido,
o mesmo coro produzido,
nas mãos de um anonimo se revela
nas de Mozart vai à lua...
ives vietro
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Despedidas
Ecoará das éclogas
vibratos ensandecidos;
Às sombras ocultas
chorarei flores mortas.
Lembrará o adeus,
o arrependido banco vazio;
Lembrará o que não foi
o imaginário calor da vida.
Alguém de alma santa
habitará o arrependimento,
alguém que era a luz,
e não a vimos diante dos olhos.
Alguma razão langue
uma loucura amedrontada,
todas flores mortas,
num jardim de cegas despedidas...
ives vietro
segunda-feira, 24 de setembro de 2018
Energia
Cada letra é feiticeira de si mesma,
Cada sílaba é o sino da energia,
cada palavra ensolarada é bem vinda
cada verso traz o que lhe aflora.
Bate como tambores enigmáticos,
bate o coração o ritmo afeiçoado,
bate a luz sobre a triste tarde fria,
bate a poesia um bramido necessário.
Traz inspiração ao véu da concentração,
traz vontade de realizar-se com emoção,
traz rimas na tangente da livre realização,
traz alivio ao berço da vida, o coração.
Simples dedilhar de auras brandas,
simples entardecer de encontros poéticos,
simples desejo de amistosos abraços,
simples pontes nos ares da energia.
ives vietro
quinta-feira, 9 de agosto de 2018
Irisações
Decompôs a luz
em sete ilustradas cores
Uniu a beleza
aos luminares da arte.
Próximo da alma
o sopro da criação,
de olhar atento
reescrevendo a razão.
Ensejo da paixão
querer o que nos falta,
reescrevendo a vontade
à luz da noite alta.
Fantoche do destino
boca silente e ajoelhada
Quando faz arco-íris
sou o plasma de luz atada.
ives vietro
quarta-feira, 1 de agosto de 2018
Amor
Impulsiona a luz
que estava bruxuleante
nas paredes do peito.
Lapida o cristal
que se deságua nas superfícies
dos lagos dos olhos.
Adentra fundo
com as propriedades santas
da verdade e da justiça
nas cegueiras do momento.
Atente e responde
os chamados sedentos por amor
e só o amor
responde e atende o coração.
ives vietro
que estava bruxuleante
nas paredes do peito.
Lapida o cristal
que se deságua nas superfícies
dos lagos dos olhos.
Adentra fundo
com as propriedades santas
da verdade e da justiça
nas cegueiras do momento.
Atente e responde
os chamados sedentos por amor
e só o amor
responde e atende o coração.
ives vietro
segunda-feira, 30 de abril de 2018
Fonte eterna
Sentada à falésia
infinita mente se aprofundava;
No arrebol o zéfiro chamava
Lindos olhos ante a maresia.
Intuições, instintos, e pensamentos
a lua sempre habita esses momentos;
Delicada mulher dos meus sonhos
Dos anjos são as luzes do que somos.
Ao meu lado a nívea rosa chorava.
À magia também sorria e recortava
quadros de reminiscências desdobrados
Vates que aos sentidos são lançados.
Fremia mas abraçava o firmamento
Meus laços, em seus braços são o alento.
Antes, hoje e na vereda dos velhos ventos
choramos sorrisos dos novos tempos.
ives vietro
segunda-feira, 12 de março de 2018
Lua
À luz o beijo da lua
irrigava as artérias da Terra;
Estro da mensagem
alumbrar assim os perdidos.
Natural e de aura crua
romântico e avassalador;
um beijo de magias
desceu à noite os arcanjos.
Cartesiano laço perfeito
simétrico na matriz da flor;
entre lábios eclipsados
lançaram o risco da criação.
Arcano de silêncios doces,
veleiro da noite dos apaixonados;
o caos para a harmonia,
o sol no espelho da existência.
ives vietro
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
O caminho ético.
Se duvidas do caminho ético
e do sabor da tarde que rola nos ninhos;
os pardais apaixonados pela terra,
um calor de chuva anunciada...
um romantismo ao criar da prole
o sentido da vida na ancestral mansarda
o joão de barro manso e poeta
desfila o arranjo da casa no amor eterno.
A alma das coisas olhadas,
Um rio que canta às cachoeiras e pedras,
estalos de bicos dos bichos felizes
no caminho de um amor integro-inteiro.
Num rito de ritmos que ensinam
o tom das rosas e o beijo dos beija-flores.
a festa celebradora deste amor que não treme
diante do inverno se vier nevando...
ives vietro
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
Telepáticas forças
Desloca o ar as fleumas distantes
Sei dos zéfiros o chamado noturno.
Lágrimas ecoam, escoam na chama,
Molham a alma de quem lhe adora.
Vela destemido o guardião eterno
Sempre que chorar estarei consigo;
Seja entre peles, serei entre trevas
Vigilante ouvinte do seu triste pranto.
Faço-me de ponte às luzes que exijo.
Dou-lhe minha energia, o meu sangue.
Entro pelos seus poros com a alma
Possuo a sua esfera, pois me pertence.
Ives vietro
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Fábulas?
O langue esboço da realidade
Manchou minha alma tão sonhadora.
O frio das angustias me abraçava
Na lida pesada entre os anônimos.
Via na arte a cela dos amantes,
A livre escolha dos desprendidos.
Assim eu olhava, assim eu sonhava,
Com fábulas cheias de realidade.
Até que o amor desceu do altar
E me viu tão só entre os derrotados;
Até que o amor se fez verdadeiro,
humílimo de rastos entre os sonhos.
Então o desenho da fantasia real
Desceu em forma de luz milagrosa;
Entre as artes somos os lembrados
Dispares loucos e apaixonados.
Ives vietro
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
afinidades
O arrepio inesperado
num ramalhete de sensações
meu bem apreciado
na clara rosa das recordações.
Incrustado na alma
os atalhos das cerejeiras em flor;
Inusitado é a calma
renascendo diante do eterno amor.
As águas do riacho
melodicamente se desbocam em ruídos;
lentamente se expressam
aos sentidos e nunca cessam.
Num crescendo se queiras ver
o ramalhete de rosas.
Até o veio das flautas tremer
simples notas dos arcanjos.
ives vietro
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
Feliz natal e próspero ano novo.
Bem amigos! O ano que passou foi positivo em muitos pontos. Num deles foi que consegui realizar minhas primeiras publicações em duas antologias, uma em Portugal, outra aqui mesmo no Brasil. Continuo fazendo grandes amigos na área da literatura e assim criando raízes para novos trabalhos! Sou muito grato pela escola que é o blog e aos amigos que fiz aqui, neste espaço onde pratiquei muito aquilo que mais gosto de fazer: escrever. Grato, muita paz e feliz ano novo a todos, abraços
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Pôr do sol
Retumba no horizonte
a espádua do romantismo;
Uma noite de franjas
com estrelas "vitralinas".
As andorinhas festejam,
a graça diante das janelas;
descrevem no rastro
a silhueta da calmaria.
Tão longe dos homens
assim ensinam o que importa;
tão perto das pétalas
a fotossíntese nos olhos.
ives vietro
quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
Fluxo
O efeito das canções
cicatriza antes de perdoar
E toda vez que perco o ar
sinto não ser nada a magoa.
Os valores morais, a vaidade,
minha falta de humildade
o que são diante da clara boia
na fisga das canções eternas.
A força desprendida e crua
ama o simples teor da luz aberta;
Simples assim, sem razões,
no singelo fluxo maior que os homens.
ives vietro
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
Defesas?
Sucumbe as defesas
a saudade de um amor que é de verdade.
Dobra-se os joelhos,
e os olhos pincelados de espelhos
não resistem e pedem
uma poesia
uma palavra
uma letra
um signo ancestral
um gesto que revele
uma pontinha de um afeto mendigado
uma gotinha de uma magia
que pode reverter o jogo inteiro...
ives vietro
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Admiração mútua
Caminha ao lado hoje e sempre
Enleio destinado a forças livres.
Amor verdadeiro é por inteiro,
de gostos unidos nos afazeres.
Assim linda Dama sorri estrelas
A me ver tocando minhas orquídeas.
Reluzem na essência o nosso laço,
Alumbradas fleumas consagradas.
Assim quando sonho deslumbrado
É tão acordado que me encontro.
Ao vê-la compor poemas bordados
De boca aberta sorrio estrelas.
Admirados olhos desprendidos
Seja o que for, simples trabalhos.
Do céu é esse dom de apaixonados,
Da natureza o elogio dos nossos olhos.
Ives Vietro
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Chuva
A chuva riscava um desenho na vidraça.
Lá fora o pardal cantava entristecido,
Cá dentro éramos o reflexo do vento:
Dois bichos unidos na escala do tempo.
Lembrávamos do sol de outras eras;
Energia de fogo pairado nos sentidos.
Mudança de matizes, cor do movimento;
Aquarela de lembranças na janela.
Então um raio sinuoso vazou as nuvens,
Elevou a escala sagrada dos andores.
Nossas almas carregadas pelos arcanjos;
Pinceladas de luzes em meio às trevas.
Ives vietro
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Espelho meu
Diante do espelho
no sonho dos sonhos
um homem calado
sentou-se ao meu lado.
As portas fechadas
janelas quebradas
Uma voz tilintante
abriu-se num instante.
Dizia o homem
"Os pássaros selvagens
descobrem os atalhos;
descubra os seus galhos".
Consciência encarnada
apresentava a jornada
além do que eu ouvia
era a luz dos meus galhos.
"Desprenda-se da matéria
atira-se na artéria
das luzes humanas".
ives vietro