Supermãe!

Que dia estático! Só precisava conversar, mas as falas são ênfases com segundas intenções neste mar hipócrita que navegamos! Nem imaginava que a “Rainha” da rua falaria comigo um dia. Meus pés doíam e a boca seca não deixava as palavras (já sem sentidos) sem o menor sinal de interesse! Chora-se tanto pela chupeta. O que isso tem a ver? Nasce tudo bem antes! A Rainha queria a chupeta, porque queria tudo que não pudesse tocar, e no abrir da boca da serpente descobri que a criança de belos cílios caiu num cilada real. Não era a realeza? Olho por olho, dente por dente. É que ela nunca doou um simples gesto de bondade a ninguém, vivia em esferas superiores e acreditava fielmente que aquele casulo era o único saudável no mundo todo! Piscina, clube, praia, e um festival de sorrisos vazios quando ia ao shopping desfilar suas roupas marcadas pelo ferro do capitalismo. “você mora por aqui”? Reparo sempre nos cílios e os dela eram inebriantes! “Sim, e você”? Tático grulhar, e na mesa do pôquer ganha quem sabe jogar! Lembro-me de um idiota que tirou a cadeira e “puft”, fui ao chão, machucado por dentro! É bem isso o que o jogador faz com as mulheres que não aprenderam a viver sem a chupeta! E a pobre, pode correr durante milênios, sem abrir os olhos para o mar! E já vem por aí um exercito de meninas criadas pela supermãe! Não, não sou cruel! Casei-me com a rainha, ela aprendeu comigo que a poesia está além das falas entrecortadas. Talvez ela precisasse de um coração benevolente, que não a destronaria sem a graça e leveza de um cavalheiro! Mas cuidado nobres mães, no mundo há jogadores perversos! Ives vietro. abraços