quinta-feira, 15 de maio de 2014

Divagando...

Dulcificado pelas luas cheias, o olhar da fada dos meus dias amargos. Alçadas em voos ou imaginadas nas profundidades dos meus sonhos. Sob as asas amareladas pela natureza da noite de luar místico; sob as pincelas as cores primárias que aparecem sempre mais divinas, num quadro esboçado nas entrelinhas do talento. Árdua tarefa a de se aproximar da beleza das formas: aparentemente estudadas, minuciosamente procuradas. Mas o que em mim representa a beleza está ligado os meus dias ancestrais, e à essência dos meus preceptores ascenderam ao meu olhar! Reconheço na razão de ouro todo mistério da harmonia, que passa pela exuberância da matemática, até alcançar o topo da montanha: o presente momento! Do Parthenon ao ciclo do zangão, da essência que meus olhos já avistaram, e revelaram em mim as mesmas formas arcaicas em “vida”: agora! O Agora é um presente, constante! As sensações são laivos do pensamento em busca constante, e nem mesmo uma flor entraria na conta das formas de ouro. O Arquiteto de nós mesmo está na habilidade de julgar ou não as ideias que surgem como por milagre diante dos nossos olhos. Alguns parecem estar adormecidos, mas não; são como o círculo maior e o menor, quando tiramos um dos dois, perde-se a referência. Assim o que julgamo menor não passa de um A na escala da evolução, e se julga a si mesmo como o B, então cuidado, por que só ocorre na dimensão material, pois na escala espiritual não há dimensões, apenas as formas abstraídas das mesmas dimensões! Levo em conta o “Agora vejo em partes, mas verei face a face”, o que cabe muito bem no ignoto mundo dos anjos! Abraços Ives Vietro

13 comentários:

  1. Olá, Ives.
    Bom dia.
    Adorei a leveza do seu texto. Mas, a vida, é isso mesmo, dependendo do ângulo em que contempla-se, admira-se até, o conflito de vaidades humanas, claro.
    Um abraço.

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  2. Ives, você realmente foi tocado pela luz da lua cheia nestas últimas noites. Que texto bonito, verdadeiro e
    luminoso!
    um abraço carioca

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  3. Texto tão profundo que me sentir puxada para um abismo onde me sentir flutuando.... Bjus

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  4. "O Arquiteto de nós mesmo está na habilidade de julgar ou não as ideias que surgem como por milagre diante dos nossos olhos." Uma profunda verdade que nos custa a aceitar. Vivemos culpando " Deus e o mundo " pelas nossas mágoas, desgraças, pequenos problemas até; mas nós é que temos o poder de escolha e só nós podemos fazer com que o aqui e o agora sejam verdadeiras dádivas da vida. Temos que saber aproveitar o que de bom o dia nos oferece. A cada amanhecer temos um caminho a percorrer e temos que ter a habilidade suficiente para aceitar o que nos aparece da melhor maneira que pudermos. Há factos que não podemos mudar, então o melhor é aceitá-los com a convicção de que temos força suficiente para dar a volta de forma positiva e, olhando para o lado com atenção veremos.pequenas maravilhas que nos darão o alento necessário. Não são as coisas grandiosas que nos enchem a alma de cor, mas sim os pequenos pormenores e, acima de tudo temos que acreditar em nós mesmos, temos que confiar nas nossas potencialidades que são classe A, que são nota 10.. Habituemo-nos a procurar a essência das coisas e não simplesmente a ler rótulos. Um beijinho amigo e obrigada pelo belo texto.
    Emília

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  5. oi, Ives... a busca da perfeição é a constante da caminhada humana e jamais alcançada...há vislumbres de beleza que nos fazem sonhar...mas sabemos que a luz que vem do céu em forma de sol,lua e estrelas são fagulhas da grandiosidade do Universo de Deus e sempre há algo mais além...
    Um abraço

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  6. Um texto excelente, amigo, a convidar à reflexão...
    Abraço.

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  7. oi Ives,seu texto é forte,vc não divaga...
    um grd abraço!!!!

    Zil

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  8. Meu querido amigo

    Um texto muito belo e profundo como a vida. Adorei como sempre entrar na tua alma.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  9. Uau.... me perdi...
    Uma ótima semana, poeta! Abraços!

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  10. Excelente texto de reflexão sobre o ato de existirmos e o meio em que existimos. Afinal teríamos que ser mesmo imperfeitos, perante a perfeição do Cosmos...
    Bjo, Ives :)

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